quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Análise da Obra 'Judith degolando Holoferner'


A pintura barroca ‘Judith degolando Holofernes’ do Carravagio de 1958. Óleo sobre tela, 145 x 195 cm e está exposto na Galeria Nacional de Arte Antiga na Roma.

Uma tela horizontal em campo aberto, aonde nos permite participar da cena, como se existisse realmente um espaço para o expectador. Trazendo-nos no campo central o ápice da cena, onde Judith, que Carravagio representa cheia de sensualidade, está segurando o cabelo de Holofernes e com uma faca degola Holofernes, que está deitado em uma cama com uma cortina vermelha sobre ela, onde ele tem uma expressão aterrorizada, e na direita temos uma senhora avarenta, onde segura um saco para quase possa depositar a cabeça decapitada.

Uma iluminação superior diagonal artificial, atingindo as personagens de forma diferentes e dando ênfase em pontos diferentes, trabalhando muito com luz e sombra, o claro e escuro, sendo o fundo escuro e tendo um foco nos personagens no plano da frente. Com a visão frontal, um desenho proporcional e com posicionamento das linhas na vertical e horizontal podemos ver a exageração, característica do Barroco e Carravagio, como um pintor Moderno, com o uso da exageração nos trazia hiperrealismo em suas obras, com desenhos muito bem feitos, com linhas de expressão dos personagens muito bem colocadas e utilizava muito dos desenhos e com isso comovia o público o que era característico do Barroco.

Gênero Novo, onde nos traz um assunto mitológico, onde Judith um ‘judia’ viúva, tinha um plano contra os soldados sírios de Holofernes, onde ela com sua beleza e charme consegue entrar no acampamento deles e em uma noite, onde ele teria bebia muito e caído em um sono profundo, Judith decapita a cabeça do homem e vai embora, sendo aclamada pelo seu povo, mandando os soldados embora silenciosamente e recuperando o acesso as margens do rio, onde teriam água que estava escassa.

O artista, por querer expressar realidade ao extremo, não assina suas obras, onde o público possa ver, ou não está presente na obra, causando mais realidade a este quadro.

A obra que foi feita no em tempos de Barroco, por volta do século XVII onde se tinha a arte da contra-reforma e estava mudando a visão para telas, quadros ou pinturas e estava valorizando mais os desenho propriamente dito, com formas, deformações e expressões, nos remetendo a uma mulher que salvou seu povo, de certa forma. Uma obra que choca sendo a primeira impressão traz Judith como o inimigo, sendo que no caso seria o contrário. Mas com um contexto bem colocado e se nos trazendo toda cena em apenas uma pintura, o ápice da cena, como já dito. Um trabalho bem colocado entre cores, luzes e formas.



Guilherme Amaral

Um comentário: